segunda-feira, janeiro 30, 2012

Cada um dá o que tem!

Texto para sessão Reflexão da Revista Bem Mais Osasco (Jan/12).

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Relacionamento: Você almeja para Agregar ou Anular-se? Por Deise Barreto.


Normalmente ouvimos pessoas que buscam um relacionamento com o intuito de viver feliz com um parceiro (a), fugindo de um estado de solidão e carência.

O que é um relacionamento?
Segundo o dicionário é o ato ou efeito de relacionar; amizade, intimidade, ou seja, travar relacionamento com alguém.

Se a busca do relacionamento é para agregar, proporcionar mais alegria a vida e momentos de felicidade, por que temos tantos relacionamentos regados de brigas, pessoas infelizes e perda de identidade?

Quando paramos para analisar casais e os seus relacionamentos surgem vários tipos de opiniões, mas algo é perceptível em sua grande maioria.
As pessoas deixam de ser elas mesmas se anulando em prol do outro.
É claro que quando duas pessoas se envolvem, nutrem sentimento uma pela outra e optam por viver um relacionamento, algumas coisas mudam na rotina, é necessário administrar o tempo, prioridades e se adaptar ao outro para viverem bem.
Mas, é grande o número de pessoas que encaram o ato de ceder como anular-se. E têm aqueles que pouco a pouco vão perdendo sua identidade, de que forma? Deixando de ser si mesmo, vestindo um personagem de par ideal para agradar aquele que ama, deixa de fazer as coisas que lhe dá prazer, de comer o que aprecia, de visitar lugares que gosta, tudo porque o outro não gosta, não concorda ou simplesmente porque acha que sendo de outro jeito será mais amado e apreciado.
Pessoas que se comportam assim tendem a não perceber e sequer valorizar a importância da privacidade e individualidade.

Se ele gosta de cinema, ela não gosta e prefere teatro. Por que não entrar em um acordo de bom senso? Onde uma vez vão ao teatro, outra ao cinema. Ambos estarão satisfeitos, agradarão o par e ainda podem desfrutar de um lazer que antes não apreciava e que pode aprender a gostar.
Ele adora jogar futebol com os amigos de infância aos sábados à tarde. Bom momento para ela ir com as amigas ver vitrines no shopping. Depois do futebol vai rolar um churrasquinho com cerveja entre os amigos, que tal ela aproveitar para fazer as unhas ou assistir aquela comédia romântica com as amigas?

Mas, não, muitas pessoas ao engatar um namoro, abrem mão das amizades e vive uma relação simbiótica, onde um vive para o outro. Fazer alguma coisa fora trabalhar, estudar as sextas ou aos sábados e domingos, nem pensar, pois tudo tem que ser feito com o (a) namorado (a). Esquecem da família, dos amigos, dos programas que lhe fazia bem e pouco a pouco vão perdendo a privacidade e a individualidade.

No início do relacionamento, ela, acorda no sábado faz os seus afazeres do dia, depois vai cuidar das unhas, cabelo, pele, se produzir para sair à noite com o pretendente, a verdadeira produção para seduzir. Ele, não fica ligando, faz as coisas dele, visita um amigo, joga conversa fora, vai para casa se arrumar e buscá-la no horário marcado. Saem para jantar, depois vão beber algo em um barzinho ou dançar, quando não, assistem um filme e ao chegarem em casa suspiram pela noite perfeita que tiveram.

No entanto, meses depois, lá está ela pintando as unhas e cuidando do cabelo na frente dele enquanto ele fica navegando na internet jogado na cama ou no sofá. Ela quer ir ao shopping, ele não suporta olhar vitrines. Ele quer assistir aquele filme de luta e ela quer ir ao show de MPB. Os amigos? Ah, os amigos se falam por e-mail ou aparecem nos churrascos de comemoração de aniversário, porque se toda semana forem aos eventos de amigos de ambos, ela fica estressada porque ele bebeu e vai dirigir admitindo que a turma dele bebe demais ou ele vai achar um tédio as reuniões de amigos dela, pois, sempre toca aquelas músicas que ele detesta.

Então, muitos acabam evitando amigos, eventos para não criar atritos e passam a omitir ou mentir para o outro, indo ver amigos, fazendo happy hours em dias que não vê a pessoa. O que acarreta angústia para alguns por medo de ser descoberto. Viver assim é injusto com quem?

Relacionamento não tem que ser sinônimo de prisão. Você não precisa se sentir refém. A mentira não combina com uma relação próspera e feliz, porque quem mais sofre com a mesma é quem opta por ela.

As discussões viram brigas que começam a ficar constantes. Seja porque são muitos diferentes ou porque estão saturados de um ceder mais que o outro.

Não adianta pensar que casando a situação irá melhorar. Muitos acabam sustentando a relação com essa fantasia mesmo vivendo infeliz e frustrado, teme sair da relação por medo da carência, solidão, não encontrar outra pessoa, não ser amado como acredita que é e vive um relacionamento falido.

...

Os casais felizes são aqueles que têm gostos e objetivos em comum. Que têm suas diferenças, é claro, somos seres únicos, mas que sabem dosar, administrar, que sabem ceder sem deixar de lado a sua identidade, sua individualidade e que se preserva. Isso requer maturidade! E a maturidade independe da idade cronológica.

Sou da opinião que isso de opostos darem certo, só acontece em filmes.

Quando duas pessoas completas se encontram, elas vão agregar ao outro, elas irão se doar, se permitir viver o relacionamento de forma saudável, agradando sem se desagradar. Sabem que pode ter um final de semana incrível ao lado da pessoa amada, e ainda assim continuar sendo profissional, filho, irmão, primo, amigo... Um casal que se ama, sobretudo se respeita e logo se interessa pela vida do outro, isso inclui o interesse em conhecer a família e os amigos da pessoa, se envolver, participar dos eventos e não deixar de lado sua vida, as pessoas que lhe são caras.

Um casal maduro não abre mão dos seus afazeres em prol do outro, mas se adéqua. É claro que uma vez que opta por viver um relacionamento seu comportamento será diferente daquele de quando solteiro (a).

Mas, vivenciam na prática a máxima de que relacionamento serve para alegrar e agregar, nunca para anular e frustrar!

quarta-feira, janeiro 18, 2012

O silêncio e a reserva muitas vezes são nossos melhores amigos... Por Deise Barreto.


O silêncio muitas vezes é o nosso melhor amigo... E a discrição também!

A discrição é para a alma o que o pudor é para o corpo. (Francis Bacon).


Quantas vezes você disse algo e depois de verbalizado parou para refletir e viu que poderia ter dito de outra forma ou evitado o comentário naquele momento ou para aquela pessoa?

Há vários ditos garantindo de que guardar as coisas para si é prejudicial à saúde. Concordo! Em parte... “Engolir sapos” de fato não é bom, mas, às vezes, é necessário! Não são em todos os ambientes ou para qualquer pessoa que podemos expressar o que pensamos. Sou a favor da sinceridade, mas se a mesma irá machucar o interlocutor ou te prejudicar, vale mesmo à pena?

Muitas pessoas fazem questão de dizer o que pensam, no entanto, essas mesmas pessoas não são capazes de compreenderem que o ser humano é único, que a maneira de pensar e agir são distintas.

Por sermos seres únicos, não teremos os mesmos gostos, opiniões e atitudes.

Muitos reclamam que buscam amigos, parentes ou parceiro (a) para desabafar e quase sempre são incompreendidos, recebem críticas ou respostas que denotam descaso.

“Frequentemente sou compreendido por quem não me conhece e incompreendido por quem me conhece” (Artur da Távola).

Por quê? Difícil entender essa citação se pensarmos emocionalmente não é?

No entanto, é perceptível dentro das relações regadas de sentimentos que a compreensão da escuta vem embutida de crítica, ora construtiva, ora não... As pessoas que te ama querem o seu bem e podem de alguma maneira aconselhar, criticar visando seu bem de acordo com os valores dela. Só que sabemos que nem sempre os valores do outro são os mesmos que o nosso.
E quem não gostar de ti em nada influenciará de forma positiva sua exposição ou justificativa frente a algumas atitudes ou opiniões.

Muitas atitudes e pensamentos devem passar pelo crivo da sua consciência e ser elaborado por ti, assim como metas a serem atingidas devem ser estudadas e planejadas por você, depende unicamente da sua pessoa, então deixar tudo explícito pode não ter sentido, pelo contrário, a exposição demasiada a respeito de sua vida, pensamentos, planos pode lhe acarretar danos, críticas e mais conteúdos para elaborar.
Como diz a sabedoria popular, o silêncio é de ouro e muitas vezes é resposta.

As respostas estão dentro de ti! Você é o único responsável pelo seu bem-estar!

Pense nisso!

terça-feira, janeiro 17, 2012

Distimia


Assim como a depressão, a distimia é uma doença do humor.
A diferença é que ela deixa a sensação de que a tristeza faz parte da vida, tornando este sentimento normal no cotidiano das pessoas.
A grande maioria não buscam tratamento para uma melhor qualidade de vida por não acreditarem que há um resultado positivo ou por não considerar como doença esse estado de tristeza constante.
Atualmente é muito fácil reconhecer pessoas vivendo essa problemática e vale a pena elucidá-las.
Vale ressaltar que o diagnóstico deve ser realizado por um profissional da saúde e o tratamento satisfatório é realizado com psicólogo e psiquiatra, a medicação neste caso é importante.

Vamos evitar os rótulos, pois é muito comum confundir doenças com estados normais do ser humano. Momentos de introspeção, dias de tristeza, oscilações de humor acabam sendo natural e fazem parte da homeostase psíquica dos seres humanos.

Deise Barreto.



Distimia por Drauzio Varella.

Distimia é um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade. Diferentemente da depressão que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor é constante. Os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa auto-estima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. Na maior parte das vezes, tudo fica por conta de sua personalidade e temperamento complicado.

Sintomas
O principal sintoma é a irritabilidade, mas existem outros:
* Mau humor;
* Baixa auto-estima;
* Desânimo e tristeza;
* Predominância de pensamentos negativos;
* Alterações do apetite e do sono;
* Falta de energia para agir;
* Isolamento social;
* Tendência ao uso de drogas lícitas, ilicítas e de tranquilizantes.

Diagnóstico
O diagnóstico é eminentemente clínico. O dado mais importante a considerar é a manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos.
Via de regra, os portadores de distimia desenvolvem concomitantemente episódios de depressão grave. Quando se recuperam, porém, retornam a um patamar de humor que está sempre abaixo do nível normal. A maior dificuldade é que raramente se dão conta do próprio problema. Acham que o mau humor, a falta de prazer e interesse pelas coisas e a tristeza que não dá trégua fazem parte de sua personalidade e do seu jeito de ver o mundo, e quase nunca procuram ajuda.

Diagnosticar o transtorno precocemente e introduzir o tratamento adequado é de extrema importância, uma vez que por volta de 15% a 20% dos pacientes tentam o suicídio.

Prevalência
A distimia pode aparecer na infância ou numa fase mais tardia da vida. O mais comum, porém, é que surja na adolescência. Há evidências de que muitos idosos já tinham manifestado sinais do transtorno na adolescência.
Na infância, acomete igualmente meninos e meninas. Depois, é mais prevalente nas mulheres do que nos homens.

Tratamento
A associação de medicamentos antidepressivos com psicoterapia tem apresentado bons resultados no tratamento da distimia. Isoladamente, um e outro não funcionam a contento. Embora os antidepressivos corrijam o distúrbio biológico, o paciente precisa aprender novas possibilidades de reagir e estabelecer relações inter-pessoais.
A psicoterapia sem respaldo farmacológico é contraproducente, porque cobra uma mudança de comportamento que a pessoa é incapaz de atingir por causa de sua limitação orgânica.

Recomendações
* Se você conhece alguém sempre de mau humor, irritado, pessimista, considere a possibilidade de que seja portador distimia, um distúrbio do humor para o qual existe tratamento, e tente convencê-lo a procurar assistência médica;
* Fique atento: a distimia, assim como a depressão clássica, pode acometer crianças e adolescentes. Às vezes, esses transtornos estão camuflados atrás do baixo rendimento escolar, do comportamento anti-social e do temperamento agressivo que não conseguem controlar;
* Se, nos últimos dois anos pelo menos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal, procure um médico;
* Não subestime os sintomas da distimia. Para aliviar os sintomas, é comum o paciente recorrer ao uso de drogas e de tranqüilizantes. Em 15% a 20% dos casos, surge ideação suicida;
* Não se engane: não atribua ao envelhecimento, a casmurrice, o mau humor e as queixas do idoso que só reclama e não quer sair de casa. A distimia pode acometer pessoas na terceira idade;
* Mantenha a adesão ao tratamento farmacológico e à psicoterapia. Os medicamentos ajudam a corrigir o problema físico e a psicoterapia, a aprender novas formas de relacionamento.

Fonte:
http://drauziovarella.com.br/

Grupos de Estudos - Os Casos Clínicos de Freud / Psicanálise e Cultura Contemporânea

GRUPOS DE ESTUDOS
Coordenação: Profª. Drª Giovanna Bartucci,
Psicanalista

OS CASOS CLÍNICOS DE FREUD:
UMA LEITURA CONTEMPORÂNEA

Este grupo de estudos tomará os casos clínicos de Freud como disparadores a partir do quais pensaremos a clínica psicanalítica contemporânea e os efeitos que a mesma tem produzido sobre o trabalho do analista – tanto no que diz respeito a sua “condição de escuta”, quanto ao manejo clínico. Será de nosso interesse, também, refletirmos acerca da organização psicopatológica freudiana à luz da contemporaneidade, ao considerarmos as novas formas de subjetivação na atualidade.
Na medida em que entendemos que a psicanálise não é imune ao contemporâneo, o nosso trabalho terá, então, como objetivo mais amplo circunscrever a singularidade da experiência psicanalítica, seu significado e importância nos tempos que correm.

Público-alvo: Profissionais interessados, com experiência clínica

Dia e horário: Encontros quinzenais, às quartas-feiras, das 12h30 às 14h

Início: 08 de fevereiro de 2012
Datas 1º semestre de 2012: Fevereiro: 08 e 22 | Março: 07 e 21 | Abril: 04 e 18 Maio: 09 e 23 | Junho: 06 e 20
Local: Rua Pará, 50 – cj. 63 – Higienópolis – Cep. 01243-020 – São Paulo – SP
Forma de seleção: Entrevista preliminar

Informações e inscrições: Tel.: (11) 2691-5885; (11) 8202-3917
gbartucc@giovannabartucci.com.br | gbartucc@uol.com.br

PSICANÁLISE E CULTURA CONTEMPORÂNEA

Com o objetivo de refletir acerca das relações entre psicanálise e cultura contemporânea, este grupo de estudos se deterá nos textos freudianos sobre o tema para compreender as relações estabelecidas entre psicanálise e modernidade, no que diz respeito ao tempo, ao espaço, aos movimentos sócio-históricos e fenômenos culturais e artísticos.
Na medida em que Freud não faz distinção entre os termos “cultura” e “civilização”, uma vez que é por meio da apropriação da Kultur (conjunto de produções humanas tanto sociais, quanto culturais) que o sujeito realiza a sua Bildung (formação pessoal), será somente num segundo momento que trabalharemos na direção de construir uma reflexão que pretenda, então, compreender o contemporâneo por meio do instrumental freudiano.

Público-alvo: Aos interessados na temática.

Dia e horário: Encontros quinzenais, às quartas-feiras, das 12h30 às 14h

Início: 15 de fevereiro de 2012

Datas 1º semestre de 2012: Fevereiro: 15 e 29 | Março: 14 e 28 | Abril: 11 e 25 | Maio: 16 e 30 | Junho: 13 e 27
Local: Rua Pará, 50 – cj. 63 – Higienópolis – Cep. 01243-020 – São Paulo – SP
Forma de seleção: Entrevista preliminar

Informações e inscrições: Tel.: (11) 2691-5885; (11) 8202-3917
gbartucc@giovannabartucci.com.br | gbartucc@uol.com.br

Coordenação: Giovanna Bartucci
Psicanalista, ensaísta, Profª. Drª. em Teoria Psicanalítica (UFRJ), com formação em Estética da Recepção pelo Bates College (EUA) e ex-Membro Efetivo (1993-2007) do Departamento Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae (SP).

Crítica associada à Associação Brasileira de Críticos de Arte (abca-SP), à Modern Language Association (MLA-EUA), idealizou e organizou a coleção Psicanálise e Estéticas de Subjetivação (Imago), composta pelos volumes Psicanálise, Cinema e Estéticas de Subjetivação (2000), Psicanálise, Literatura e Estéticas de Subjetivação (2001), Psicanálise, Arte e Estéticas de Subjetivação (2002). É autora de Fragilidade Absoluta. Ensaios sobre Psicanálise e Contemporaneidade (2006, Planeta), Borges: a Realidade da Construção. Literatura e Psicanálise (1996, Imago) e Duras: a Doença da Morte. Um Direito de Asilo (1998, Annablume).

Balada por Deise Barreto


Estamos vivenciando uma era onde temos mais conhecimento, mais facilidades, mais diversão e menos valores, menos relacionamentos duradouros e menos famílias estruturadas.

Os tempos mudaram...

Hoje homens e mulheres assumem cargos e salários compatíveis com seu grau de instrução, adquirem bens, batalham em prol da realização de seus sonhos e de repente se deparam com a solidão... Como diz Soseki Natsume “A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo”.

Frequentemente converso com pessoas maduras que hoje estão bem profissionalmente, que parte de seus objetivos já foram ou estão sendo alcançados, mas reclamam que no amor, nada acontece! E o mais interessante é que a maioria buscam se convencer do contrário na...

BALADA...

Homens cansados de ir para a balada e visualizarem várias mulheres seminuas, oportunistas que estão dispostas a uma boa noitada com eles em troca de bebidas e/ou viagens sem despesas. Eles se sentem atraídos pela beleza física, saem com elas mesmo sabendo que não é o tipo que eles buscam conscientemente. No entanto, quando estes homens encontram uma mulher inteligente, independente, madura e com valores, acreditam ter encontrado a parceira certa para casar, mas se assustam, muitos não sabem lidar, pois embora admiram e desejam esse tipo de parceira para compartilhar uma vida, ainda têm resquícios do machismo que deveria ter ficado no passado... Sentem-se inseguros, fora do controle e em muitos casos optam por se envolver com alguém que seja submissa, que o deixe sentir-se superior. Como se dentro de uma relação alguém tivesse que ser superior ao outro...

FATO. A grande maioria dos homens bem sucedidos admiram e temem mulheres bem resolvidas!

Como o contrário é verdadeiro. Muitas mulheres donas de si, que não sustentam a relação, que perdem a linha ao lidar com homens batalhadores e donos de si como elas, buscam na maioria dos casos inconscientemente parceiros ‘inferiores’ sejam na personalidade ou na profissão para poderem dominar a relação e decisões da mesma.
...
As mulheres que acabam se vulgarizando, nem sempre são oportunistas ou indignas, mas entram num modismo, numa competição com as outras mulheres e acreditam que só podem ganhar o olhar de um homem se estiver como as demais, por isso olhamos as vitrines das lojas recheadas de vestidos curtíssimos e colados.

Quando não as clínicas de cirurgias plásticas cada vez mais, cheia de garotas em busca de prótese de silicone, lipoescultura, porque não podem se apresentar nas festas badaladas sem atrativos da moda.

Vivemos um consumismo demasiado em prol da conquista.

Não sou contra a vaidade, a cuidar de si própria, de pessoas que sempre estão buscando se sentir bem através de cuidados da pele, corpo e cabelo, independente de ser homem ou mulher, mas atualmente uma grande maioria vive em prol disso, se preocupam tanto com o físico, mas deixam de lado a parte mental e espiritual. E nem sempre o cuidado com o físico tem a ver com saúde... Tanto que o uso de anabolizantes está mais comum do que antigamente.

Só somos saudáveis quanto encontramos o equilíbrio: fisicamente, mentalmente e espiritualmente.

É claro que não podemos generalizar, sou contra a generalização em qualquer situação ou assunto.

Existem homens e mulheres com autoconhecimento, que admira e busca de forma consciente um parceiro (a) que tenha as mesmas características, que visam caminhar lado a lado em prol de um mesmo objetivo, seres completos que buscam uma relação para somar, agregar e viver feliz!

Então, como explica as ‘baladas’ lotadas de pessoas maduras, inteligentes, com bom papo, bonitas, sozinhas e carentes? Elas próprias se rotulam como azaradas para o amor... Será que podemos chamar isso de azar? Outros dizem que é culpa das facilidades da contemporaneidade, onde as pessoas cansam de buscar o par ideal e se divertem com o que aparece.

A meu ver não, o que acontece é uma ambivalência desmedida, ao mesmo tempo que muitos querem alguém de tal forma, atraem pessoas oposto do ideal estabelecido. Nossas escolhas inconscientes nos traem, pois nem sempre o que acreditamos como ideal é o que damos conta, seja por insegurança, carência, baixa autoestima, traumas de relações passadas...

Como mudar isso?

Trabalhando a autopercepção, a autoestima e se autoconhecendo, porque no fundo só nós sabemos o que nos faz bem e feliz.

Enquanto o ser humano viver preocupado em agradar a sociedade, em entrar nas estatísticas, veremos muitos casamentos, pais e famílias falidas.

De repente o que faz tal pessoa feliz não é um casamento, a maternidade ou paternidade, mas insistem nisso porque precisam cumprir um protocolo. Os tempos, os valores mudaram, mas as cobranças da sociedade não e isso continua mexendo com as decisões e vida dos seres humanos!

Stephen Covey foi muito feliz nesta citação: O que você é, o seu caráter, comunica-se de modo muito mais eloquente do que o que você faz.


Se você muitas vezes se acha diferente do que a contemporaneidade lhe apresenta, não tenha medo de ser você mesmo, viva sua vida ao seu modo e sem dúvidas o seu estado de espírito FELIZ sobressairá. Não permita que seus valores se diluem, pense nisso!