sexta-feira, agosto 02, 2013

Meu pai. Meu herói. Os desafios de ser “pai” no mundo atual!

Meu pai. Meu herói.


Os desafios de ser “pai” no mundo atual

É perceptível, na contemporaneidade, pais mais presentes e participativos na vida dos filhos, independente de estarem casados ou
não com as mães. O número de mães que atuam profissionalmente e despendem boa parte do seu dia à carreira, é altíssimo; assim como o número de crianças que possuem duas casas.

Com o grande número de nascimentos, filhos de relações casuais ou da separação de casais, a tendência para a divisão de cuidados
destinados aos filhos são relativamente grandes comparados ao passado. Portanto, pais mais acessíveis, visto que outrora eram
apenas provedores e deixavam para as mães os cuidados diários. No entanto, com as mudanças dos últimos tempos esta característica
ganhou nova realidade.

Nas clínicas psicológicas é comum filhos(as) admitirem o quanto são amigos de seus pais, até por ter a liberdade para falar sobre qualquer assunto, o que antes era mais comum na relação com as mães.

Os pais estão mais participativos desde o momento da concepção. Compram enxoval, assistem o parto, dão banhos, trocam fraldas,
dão mamadeiras, acordam a noite; além de levarem ao médico, ir às reuniões escolares, brincarem, ajudarem na lição de casa e automaticamente oferecerem afeto e atenção nos bons e maus momentos, o que contribui para a estruturação da personalidade da criança e a da subsídios para um relacionamento mais próximo e amoroso ao longo da vida dos filhos.

Quando o pai é presente e afetuoso, morando ou não na mesma casa, a relação amiga e o sentimento de proteção tendem a se internalizar no filho que utilizará este exemplo e o reproduzirá ao tornar-se pai ou mãe. Muitos casais preocupam-se em dizer o que é certo aos filhos e esquecem de que o maior ensinamento é o exemplo dado com as suas próprias atitudes.

Se ensinar ao seu filho que mentir é inadequado e mesmo assim mentir, quando por exemplo, não quer atender alguém, estará ensinando-o que mentir não é legal, mas que pode fazê-lo; se demonstra à criança que precisa trabalhar muito para presenteá-lo com os melhores eletrônicos, eles aprenderão que ser pai é ser ausente, é ter dinheiro e poder comprar coisas.

Só pode dar amor, quem recebeu amor! Só pode ser honesto, quem conviveu e presenciou exemplos de honestidade! Só tem limite, quem recebe limite! Hoje é mais fácil dar uma boa estrutura aos filhos em todos os sentidos, mas o que vai ser internalizado por eles e o que poderão reproduzir com os seus netos será o limite imposto, a sabedoria adquirida, os valores e princípios vivenciados e aprendidos com a convivência, rica de bons exemplos e afeto.

Somente desta maneira eles poderão amadurecer dizendo: Meu pai! Meu herói! Meu grande exemplo de ser humano!

Texto elaborado para a sessão Família da edição 25 da Revista Bem Mais Osasco.
http://www.revistabemmais.com.br/
https://www.facebook.com/BemMaisOsascoRevista?fref=ts

Deise Alves Barreto, psicóloga clínica e psicossomatista.
psicologa.deise@gmail.com / www.psi-deisebarreto.blogspot.com

01/08/2013

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