quinta-feira, junho 12, 2014

DR - Discutindo a Relação

DR - Discutindo a Relação
(Como salvar o amor da rotina).
Há quem diga que mulher adora uma DR (discutir a relação).
Aí eu te pergunto: Só as mulheres?

Atualmente me deparo com mulheres reclamando que o parceiro vive tentando discutir a relação.
Pois é, foi o tempo em que só mulheres provocavam o diálogo no relacionamento. No entanto, confesso que fico feliz deste contexto viver transformações. Afinal, comunicação é tudo!
Toda relação humana requer atenção, seja entre pais e filhos, irmãos, chefe e funcionário, homem e mulher. A partir do momento que existe convivência com outra personalidade há conflito, mas o mesmo perdura ou não dependendo de como os personagens deste enredo conduzem a situação.

Quantas vezes você deixou de expor um ponto de vista com receio de magoar o outro?

Quantas vezes você falou sem pensar, ofendeu e se arrependeu?

Como eu sempre falo para se viver bem é necessário equilíbrio. Viver os extremos nunca será confortável. E podemos falar sobre o que quisermos desde que saibamos usar as palavras certas e no tempo adequado.

Muitos casais chegam ao consultório, insatisfeitos ou frustrados com o relacionamento, por estarem vivendo a relação monótona e acabam confundindo com o fim do amor.
Mas, se observarmos muitos casais com o tempo de convivência perdem aquele combustível do inicio, percebem?
Quando duas pessoas se encontram e se apaixonam, na grande maioria dos casos lutam juntas durante a fase de sedução para que o relacionamento flua, esquecem o cansaço, o tempo, se esforçam para estarem juntas e agradar mutuamente. Se for desta maneira que a paixão foi transformada em amor, se há felicidade em estar junto, o que motivou tudo mudar e cair na rotina?

Muitos terão várias justificativas distintas, mas no fundo a verdade é uma só, houve acomodação, ‘já conquistei, já tenho, amo, sou amada (o) e basta’. Vão permitindo com esse pensamento seja ele consciente ou inconsciente que a relação esfrie, pois deixaram de colocar combustível na mesma.
E aí se resolvem se separar e anos mais tarde na nova relação se deparam com a mesma situação, isto é, se não souberem conduzir de maneira diferente, novamente ocorrerá frustração.

Se no ambiente profissional você permitir que a rotina te deixe relapso e intolerante, a chance de você ser substituído será grande. Logo, na relação amorosa não é diferente, mas o amor é algo tão sublime e se lá atrás você escolheu alguém para compartilhar da vida contigo, por que não lutar?
Por que não expor o que pensa, sente, o que faz falta?
Não apenas isso, mas também ser exemplo, também fazer por onde, agir como gostaria que o outro agisse, pois somente desta forma você terá como cobrar algo, mas não que você tenha que fazer buscando algo em troca, faça por vontade própria, por amor.
Não existe relação sem amor.
Não existe relação sem diálogo.

Lembrando que ninguém precisa viver uma vida infeliz se já não há mais amor e pode finalizar a relação com respeito por tudo que a pessoa significou na sua vida, na sua história...

Segundo o saudoso Paulo Goulart que viveu um exemplo de relacionamento com a atriz Nicette Bruno por 60 anos... “A vida é um aprendizado permanente. Se não exercitar a paciência e o entendimento, se briga por bobagem”.

O relacionamento precisa ser regado constantemente e quem disse que viver uma DR é o fim de tudo?
Pode ser apenas o começo ou recomeço do que não tem fim...

Deise Alves Barreto de Matos, psicóloga clínica e psicossomatista.

(Texto elaborado para a sessão Família da Revista Bem Mais, especial dia dos namorados - Jun/2014).

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